Todos os corpos pendem para a lei da atracção (ou «da atrição» como se diz mal comicamente no Capítulo XVI deste livro). Mas porque os corpos pendem não quer dizer que caiam assim de qualquer maneira, como apresenta exemplo dos trabalhos provocado pelo pendão da atracção na obra desta 33.ª publicação do Clássicos da literatura infanto-juvenil portuguesa // Portuguese children's/juvenile lit classics. Na passagem dos inícios para os meados do século XIX, no norte rural português, uma menina nasce nesse meio de miséria, a uma mãe que a tivera em bastardia com o arcediago do Barroso Leonardo Taveira, e que logo com 11 anos o pai a votava para com 14 ser tratada como adulta (o que era comum na altura) e pouco depois ser casada (o que tendo ela 11 anos já preocupa o pai, pensando no potencial de a casar e no dote ofertado pelo amigo senhor da Silva). Sem mãe e sem paternidade e mais parentesco conhecido para além do arcediago a cujo cuidado estava, ela é levada para o Porto e assim se cria na casa do comerciante António José da Silva (que tem por elas intenções amorosas), sob o seu nome de Rosa Guilhermina, nome que é quase sempre abreviado para Rosa e que contrapõe em poesia o comum estrambólico do Guilhermina.
Rosa cresce assim perto da Rua de Miragaia no Porto num meio pequeno-burguês pobre emocionalmente e em termos dos meios pertencentes à família descrita, com o obeso proprietário em Agosto de 1815 a suar tanto do calor como das suas tentativas falhadas de abordar a jovem ao seu cuidado. Apesar das limitações do crescimento nesse ambiente, Rosa consegue crescer além dos 15 anos (que tem em 1815) de forma saudável e ainda assim criar um namoro sincero com o filho do vizinho retrozeiro. Neste contexto, com auxílio do arcediago pai da jovem, o comerciante tenta continuadamente cortejar a jovem e convence-la da necessidade da união planeada, e de forma algo cómica os planos destes são afectados pelo dito namoro com o filho do retrozeiro, que Rosa escondia deles. Os dois primeiros capítulos são de facto, apesar do ambiente dramático emocionalmente retratado, tristemente cómicos pelo retrato dado dos envolvidos e a forma como estes agem na tentativa de cumprir os seus fins. A beata senhora Angélica, irmã de António José, tenta "exorcizar" Rosa de ser "filha do pecado" do arcediago e do namoro com o filho do retrozeiro, e Rosa bem tenta evitar todos os pratos e bebidas da velha suspeitando dos seus fins beatos.
Temendo "poucas vergonhas", preparou-se o envio de Rosa para fora da casa do comerciante (este queixa-se directamente a João Retrozeiro das acções, de facto plenamente inocentes, do filho José Bento, provocando uma grande discussão entre as duas partes que acaba o capítulo V num regabofe cómico com murro à mistura), e a rapariga é confiada à gentil dona de uma pensão monástica da Misericórdia local, conhecendo aí e ficando, de entre as outras meninas na pensão, mais próxima de uma órfã de pai e mãe da sua idade chamada Maria Elisa (não a repórter claro) que entrara no recolhimento com 8 anos. Apesar de amigas elas são contrastes não só físicos, Elisa sendo trigueira e morena quando Rosa é o tipo Romântico pálido usual (embora não sendo loira), e a personagem-título sendo aparentemente eternamente cansada enquanto a amiga é uma força da natureza muito interventiva.
Influenciada por Elisa, a protagonista começa a achar os seus diálogos passados com José Bento algo apagados (comparados com os amores descritos a ela pela nova amiga), e o próprio filho do retrozeiro um patego. Para se entreter, a tão amiga como mesquinha Elisa dá um encontrão na amiga, fazendo-a acertar de forma igual numa freira que está num ritual de saltos sobre fogueiras, fazendo as freiras quererem exorcizar a filha do arcediago para lhe 'tirar o mal', e enquanto faziam os preparativos para o exorcismo a mais culta Elisa entretinha a amiga lendo do romance francês do século anterior do cavaleiro Faublás (sobre um pícaro cheio de qualidades mas que as usa para cumprir os seus vícios, que encaixa bem no perfil da própria Maria Elisa).
O tempo passa e, como Rosa é bastante cumpridora dos poucos deveres que tem e a companhia de Elisa a impede de cair em desespero, a tentativa do pai arcediago de a punir pelas dificuldades que ela criara ao enlaço planeado para ela com uma clausura religiosa é anulado, e depois de poucas peripécias acabou por ser-lhe permitido voltar ao Porto, onde se instala com Elisa, e um dia por acaso ela vê-se a ser olhada de longe pelo ex-namorado José Bento. Elisa pergunta se podiam ir namorá-lo (lembrem-se que até poucas décadas parece que era comum em Portugal as raparigas abordarem rapazes para namoro em grupo, com solidariedade total até ele escolher uma e abrirem-se hostilidades) mas agora Rosa acredita no que Elisa a convencera quanto a ele ser um parvo. Depois de Elisa "meter veneno" entre os dois ex-namorados e provocar uma conversa dos três desconfortável para ambos; todavia lentamente os dois começam a voltar a envolver-se como antes, mas este desenvolvimento é passageiro, surgindo mais tarde ou mais cedo em cena um estudante do 2.º ano jurídico vindo de Coimbra, Augusto Leite.
Augusto Leite, além de estudante e um tradutor de novelas dotado com uma memória fotográfica, é sujeito novo e com perfil mais de herói Romântico e por isso é mais interessante que José Bento para Rosa e para o leitor, e assim ele afirma-se mais no romance e torna-se o verdadeiro protagonista masculino desta. Contrariando a expectativa do leitor, o seu romance com Rosa não é retratado por Camilo como algo tão dramático como o caso similar de heroína com afeição repartida por uma figura mais simples por outra mais grandiosa no A Rosa do Adro que já aqui vimos. Augusto é porém menos conflituoso com Rosa que o herói romântico nobre do outro romance (não a deixando e não criando outro triângulo amoroso como Fernando com a outra Rosa no romance de Manuel Maria Rodrigues). Isto serve um dos vários propósitos deste romance de Camilo Castelo Branco: criticar o formato do folhetim no que tem de cliché e convencional, e brincar com as expectativas do leitor ante um romance assim. Assim Augusto (que também é um "magricela" que não parece ter figura de grande doutor) é tanto uma figura realista como um cumprimento fiel do modelo do herói Romântico, e também uma subversão do mesmo.
Um Camilo mais jovem, por altura da escrita desta obra
Rosa é representada como a mulher feminina mas simultaneamente forte típica do autor (e à Howard Hawks) mas também como bondosa e mais ingénua que a sua amiga Maria Elisa, pelo que a sua inclinação ao bem e o seu carácter fazem com que não veja alguns males nas peripécias que lhe iam ocorrendo e nas pessoas em seu torno (e na sua volátil amiga Maria Elisa). Assim ela sofre algum gozo de outras personagens, azares, e muitas das piadas meta-ficcionais do autor ao longo do texto do romance lidam com as desgraças que lhe passam e como elas ocorrem. Maria Elisa acaba por discutir com Rosa, e casa-se com o nosso "conhecido" negociante António José da Silva. Depois disto Rosa parece ficar "para tia", o que dá origem a um certo dramatismo em torno de relações amorosas ao estilo dos romances dramáticos (o que novamente dá azo ao autor auto-parodiar este estilo de ficção romanesca que ele próprio practicava). Mas em breve a "tia" "cusca" da viela do Bomjardim, Bernarda Estanqueira, está a topar que "há Mouro na costa" quanto a Rosa e que esta namora seriamente o dito estudante Augusto.
Isto abre um período de maturidade e de felicidade romântica na protagonista, namorando com o estudante Augusto Leite (embora a relação evolua a seu tempo e aparentemente com alguma desconfiança e desinteresse a princípio), enquanto Maria Elisa (à qual Rosa já não tinha desprezo porque o novo amor a preocupava mais) casa com António José (numa Capítulo XIX de descrição irónica, cheia de apartes e chamada de «drama em um acto» pelo autor visto que é escrito como uma peça de teatro), e pouco depois do desenlace desta com um homem que a trata com todos os carinhos, Rosa e Augusto também se casam (Camilo ironiza que dois casamentos é demais para um só romance, esperando que o leitor não o leve a mal embora admita que o romance qualitativamente «está caindo muito!»), mas o casamento com Augusto vai decaindo mais (apesar de haver de facto afeição entre o casal e ela se dar com a sogra) devido à verdadeira paixão de Augusto, o jogo. Para além disto, Augusto mantêm "ao lado" uma tricana (isto é, uma mulher de tipo campesino da área de Coimbra) que no Verão de casamento de Rosa e Augusto se mudara para o Porto e prometera à tricana «um cordão de ouro de vinte mil reis, uns brincos de sete mil e duzentos, dous pares de chinelas, umas côr de gemma d'ovo, e outras verde-gaio, afóra um capote de castorina côr de mel», acompanhando-se também muito por ele na Rua de Coruche (onde ele a instalou), "sistema" que resultou até se começar a arruinar no jogo, começando ainda a ter dívidas, e é o juiz dos órfãos (incentivado por António José) que age para salvar o património de Rosa, e assim o faz.
Pouco depois Rosa dá à luz uma menina a que chama Assucena e Augusto é confrontado com o seu estado alterado por Rosa, mas cada vez mais afunda o seu casamento e o património com mais apostas com "sistemas de jogos" falhados, conseguindo algumas ajudas graças a presentes dos velhos amigos (com os quais perdera contacto, como já dissemos) António José e Maria Elisa. Depois disto acontecem alguns sub-enredos como o vizinho de Elisa, Fernandes, a tentar corteja-la, Camilo comenta como lidaria com a situação de Elisa se ele fosse uma mulher casada ou solteira (para uma hilariante comparação da visão do autor sobre a vida real e as convenções da ficção para um caso ou outro), Maria Elisa e Rosa voltam a corresponder-se, Rosa acolhe uma mendiga (episódio que se revelara mais significativo do que parece), fica a conhecer a estória da mulher e como ela acabou mendigando, sabemos dos dramas de António depois de ser pública a traição da mulher que entretanto ocurrera, o autor numa passagem lista as 8 pessoas que morreram no enredo até então, depois desta lista mais 13 personagens morrem (nada disto é descrito de forma muito dramática, só como coisas que acontecem na vida, ou em romance semi-realistas), e o final do enredo é dado por 11 cartas e uma resposta partilhadas por uma senhora do Porto e um pintor chamado Paulo (que revelam os finais dos enredos do livro). Não tendo no fim exactamente um final feliz, os grandes problemas ultrapassam-se, a vida continua, e fica passado, de uma geração para outra, com Assucena crescendo esbelta e ficando para protagonista de outro romance de Camilo Castelo Branco anunciado já neste livro, A Neta do Arcediago de 1856 (dois anos depois do romance original, de 1854).
Nos anos de 1850, fora os seus fins de paródia, A Filha do Arcediago revelava a situação na altura de muitos órfãos, de mulheres dignas e de muitas pessoas do Portugal liberal que acabavam vítimas tento das suas próprias acções como dos vícios da sociedade em seu torno, mesmo assim (para além de permitir algum gozo com o aspecto de auto-paródia do livro) mostrando um certo optimismo (ou não fosse Camilo um ex-miguelista e ex-Maria-da-Fontista) ante os valores tradicionais (ante os vícios "modernaços" como o jogo que arruína Augusto) e a ética vinda com crenças espirituais tradicionais quando libertas de "excreções" como o fanatismo e superstições das freiras e das beatas, ao mesmo tempo que descreve os efeitos positivos e negativos da separação entre Estado e Igreja no Portugal do liberalismo, sendo assim o exemplo de um bom secularismo como o tradicionalista Camilo defenderia, a abordagem ética mas sem beatismos e superstição e sem ateísmo da personagem de Rosa. Embora o romance ainda não seja propriamente Realista e esteja cheio de meta-ficção em jogos com as expectativas do leitor e os rodriguinhos do romance clássico, mas que não deixa de representar gente não só moralmente mas socialmente com falhas, e de representar algumas falhas sociais (como quando o autor aponta que nem todos os magistrados são probos), principalmente no que diz respeito à educação e criação dos jovens e quanto ao papel das mulheres na sociedade da época. A preocupação com essas questões e a denúncia moral e mistura de novelística dramática e essa denúncia é que ajudaram a fazer Camilo Castelo branco um dos autores essenciais do século XIX português, e da literatura portuguesa e universal, como estas obra e Basílio Fernandes Enxertado. Esta obra pode achar-se em algumas bibliotecas mas não todas (edições desta obra não são tão frequentes ao longo do século XX e XXI fora as da Europa-América como foram no XIX quando quase todas as obras do autor era best-sellers) mas pode achar-se em-linha no Gutenberg Project.
Capa de uma edição mais recente d'A Filha do Arcediago
All bodies tilt to the law of attraction (or «of attrition» as it is said comically baddly on this book's Chapter XVI). But because the bodies tilt does not mean that they fall in just any way, as it presents us example of the labours provoked by attraction's tilting in the work from this 33rd post of Clássicos da literatura infanto-juvenil portuguesa // Portuguese children's/juvenile lit classics. In the passage from the early to the mid 19th century, on the Portuguese rural north, a little-girl is born in that milieu of misery, to a mother who had her in bastardy with the Barroso region archdeacon Leonardo Taveira, and who right-away at 11 years-old the father committed her for at 14 years-old being treated as an adult (what was common at the time-point) and little afterwards to be married (what being she 11 years-old already concerns her father, thinking in the potential of marrying her and on the dowry offered by the friend mister da Silva). Without mother and without paternity and more kinship known besides the archdeacon on whose care she was, she is taken to Oporto and so raises herself on the house of the trader António José da Silva (who has for her amorous intentions), under her name of Rosa Guilhermina, name that is almost always abbreviated to Rosa and that counters in poetry the shambolic plainness of Guilhermina.
Rosa grows thus close to Oporto's Miragaia Street on an emotionally poor petite-bourgeois milieu and in terms of the means belonging to the family described, with the obese property-holder in August 1815 sweating as much from the heat as from his failed attempts of approaching the youngun to his care. Despite the growth limitations of that environment, Rosa can grow beyond her 15 years-old (which she has in 1815) in healthy way and so put up a sincere romancing with the son of the haberdasher. In this context, with aid of the young-woman's archdeacon father, the trader tries continuously to court the youngun and convincing her of the need of the planned union, and in somewhat comical way the plans of theirs are affected by said romancing with the haberdasher's son, which Rosa hide from them. The two first chapters are in fact, despite the emotionally portrayed dramatic environment, sadly comical on the portrait given on the involved parties and the way as these act in the attempt of fulfiling their aims. The church-lady misses Angelica, Antonio Jose's sister, tries to "exorcise" Rosa from being "daughter of the sin" of the archdeacon and from the romancing with the haberdasher's son, and Rosa well tries to avoid all the old-woman's dishes and drinks suspecting their holly-roller ends.
Fearing "low shames", it prepared themselves the delivering of Rosa outside the house of the trader (the latter complains directly to Joao Haberdasher on the actions, in fact fully innocent, of his son Jose Bento, provoking a big discussion among the two parties that ends the chapter V on a comical revelry with punching thrown in), and the girl is trusted to the kind lady from a monastic hostel of the local Faith-based Misericórdia welfare, meeting there and staying, among the other little-girl on the hostel, closer to a dual orphan her age called Maria Elisa (not the Portuguese reporter of course) who entered the retirement at 8 years-old. Despite friends they re not only physical contrasts, Elisa being dusky and brunette while Rosa is the usual pale typical type (although not being blonde), and the title character being apparently eternally tired while her friend is a very interventive force of nature.
Influenced by Elisa, the lead starts to find her past dialogues with Jose Bento somewhat dimmed (compared with the loves described to her by the new friend), and the haberdasher's son a dummy. To entertain herself, the as friendky as petty Elisa gives bump into her friend, making her hit in an equal way into nun that is on a fire-jumping ritual, making the nuns want to exorcise the daughter of thearchdeacon to 'take-out the evil', and while they did the preparations for the exorchism the most cultivated Elisa entertained the friend reading from the previous century's French novel on the chevalier Faublas (on a rogue full of qualities but that uses them to fulfil his vices, that fits well in Maria Elisa's own profile).
Time passes by and, as Rosa is quite compliant of the few duties that she does have and the company of Elisa prevents her from faling in despair, the attempt of the archdeacon father of punishing her for the difficulties that she put up to the planned tangling for her with a religious cloister-closure is nullified, and after few mishaps it ended being permited to her to go back to Oporto, where she settles herself with Elisa, and one day by chance she sees her being gazed from afar by her ex-boyfriend Jose Bento. Elisa asks if they could go date him (remember that till few decades ago it seems it was common in Portugal girls approaching boys to date as group, with total solidarity till he picked one and hostilities being let open) but now Rosa believes on what Elisa convinced her of about him being foolish. After Elisa "spitting venom" between both ex-sweethearts and provoking a talk of the three uncomfortable for both; nevertheless slowly the two go back to get involved with each other as before, but this development is passing, coming-up sooner or later a 2nd legal-course year student coming from Coimbra, Augusto Leite.
Augusto Leite, besies student is a translator of novellas gifted with a photographic memory, is a young fellow and with profile more of Romantic hero and due to that it is more interesting than Jose Bento for Rosa and for the reader, and so he asserts himself more on the novel and turns himself into the true male protagonist of it. Contradicting the reader's expectation, his romance with Rosa is not portrayed by Camilo as something as dramatic as the similar case of heroine with affection split by a simpler figure and by a grander one on A Rosa do Adro/"Rosa, the Churchyard's Rose" which we already saw here. Augusto is though less clashing with Rosa than the noble romantic hero from the other novel (not leaving her and not creating another love triangle like Fernando with the other Rosa from Manuel Maria Rodrigues' novel). This serves as one of the several purposes of this novel by Camilo Castello Branco: to criticise the format of the feuilleton serial in what it has of cliche and of conventional, and playing with the reader's expectations before a novel like this. So Augusto (who is also a "runt" who does not seem to have figure of great doctor) is as much a realistic figure as a faithful fulfilment of the Romantic hero model, and also a subversion of the same.
A younger Camilo, around the time of the writing of this work
Rosa is presented as the feminine but simultaneously strong woman typical to the author (Howard Hawks style) but also as kind and more naive than her friend Maria Elisa, so that her leaning towards goodness and her character make it so that some ills in the mishaps that went occuring to her and to other people around her (and on her volatile friend Maria Elisa). So she suffers some mockery from other characters, jinxs, and many of the author's metafictional jokes along the novel's text deal with the misfortunes that go down on her and how they occur. Maria Elisa ends by arguing with Rosa, and marries herself with our "acquaintance" trade Antonio Jose da Silva. After this Rosa seems to be set to "be on the shelf", what gives origin to a certain dramatism around love relations to the style of the dramatic novels (what again leads up to the author self-parodying this style of novelesque fiction which he himself practiced). But soon the "nosey" "ant" from the Bomjardim lane, Bernarda Estanqueira, is noticing that "there was estrogen in the air" about Rosa and that the latter dated seriously said student Augusto.
This opens a period of maturity and of romantic happiness in the lead, dating with the student Augusto Leite (although the relationship evolves to its pacing and apparently with some distrust and desinterest at first), while Maria Elisa (to which Rosa did not have contempt because the new love concerned her more) marries with Antonio Jose (on a Chapter XIX of ironic description, full of asides and called «drama in one act» by the author seen that it is written as a theatre play), and little after the outcome of her with a man who treats her with all tendernesses, Rosa and Augusto also gets married (Camilo ironises that two marriages is too much for one novel, expecting that the reader will not take it the wrong way although he admits that the novel quality-wise «is falling down a lot!»), but the marriage with August goes decaying more (despite there being indeed affection among the coupleand she getting along with the moter-in-law) due to Augusto's true passion, gambling. Besides this, Augusto keeps "on the side" a tricana (that is, a Coimbra area woman of peasant type) that in the Summer of Rosa and Augusto's marriage moved herself to Oporto and he promised to the tricana «a gold lace of one-hundred and sixty reales, some earings of fifty-seven dot six, twain pairs of slippers, some egg yolk colour, and other ones green-jay-tone, aside a tilma-coat in honey colour beaver-cloth», accompanying herself with him on the Coruche Street (where he setled her) a lot as well, "sistem" that worked till he began ruining himself a gambling, starting to have debts, and it is the orphan's court judge (incentivised by Antonio Jose) who acts for saving Rosa's estate, and so he does.
Little after Rosa gives birth to a little-girl that she calls Assucena and Augusto is faced with his altered state by Rosa, but each time more does sink their marriage and the estate with more bets with failed "gambling sistems", getting some helps thanks to presents from the old friends (with whom he had lost contact, as we already said) Antonio Jose e Maria Elisa. After this happened some subplots with Elisa's neighbour, Fernandes, trying to court her, Camilo comments how he would deal with Elisa's situation if he were a married or single woman (for a hillarious comparison of the author's vision on real life and the conventions of fiction for one case or the other), Maria Elisa and Rosa go back to correspond with each other, Rosa picks-up a beggar (episode which would reveal itself more meaningful than it seems), one gets to know the story of the woman and she ended begging, we know on Antonio's dramas after his wife's betrayal that meanwhile had occured becoming public, the author on a passage lists the 8 people that died in the plot so far, after this lists 13 more people die (nothing of this is described in too dramaic a way, just as things that happen in life, or in semi-realisst novels), and the plot's ending is given by 11 letters and an answered shared by an Oporto lady and a painter called Paulo (that reveal the endings of the plots of the book). Not having an exactly happy ending, the grand problems are overcome, life carries on, and it turns into past, from one generation to the other, with Assucena growing-up slender and staying behind for lead of another Camilo Castello Branco novel announced already in this book, A Neta do Arcediago/"The Archdeacon's Daughter" from 1856 (two years after the original novel, from 1854).
In the 1850s, aside its parody aims, The Daughter of the Archdeacon reveals the situation at the time-point of many orphans, of unworthy women and of many people from the liberal Portugal that ended-up victims asmuch from their own actions as from society's vices around them, even so (besides permiting some mockery with the book's self-parody aspect) showing a certain optimism (or were it not Camilo an ex-miguelist and ex-Maria-da-Fontist) before the traditional values (before the "hip" vices like the gambling that ruins Augusto) and the ethnics come with traditional spiritual believes when freed from "excretions" like fanaticism and superstitions of the nuns and church-ladies, at the same time that it describes the positive and negative effects of the separation of Church and state in liberalism's Portugal, being so the example of a good secularism as the traditionalist Camilo defended it, the approach ethical but without holy-rollings and superstition and without atheism of the character of Rosa. Although the novel does not be properly Realist and be full of metafiction in games with the readers expectations and the classic novel's tropes, but that cannot help representing people not only morally but socially with flaws and of portraying some social flaws (as when the author points that not all magistrates are upright), mainly in what concerns to the education and upbringing of the younguns and about the role of women in the time-point's society. The concern with those issues and the moral denunciation and mixture of dramatiic novelistic and that denounciation is what helped to do out of Camilo Castello Branco one of the essential authors from he Portuguese 19th century, and from Portuguese and universal lierature, like this work and Basílio Fernandes Enxertado. this work can find itself in many Portuguese libraries but not all (editions of this work are not as frequent along the 20th and 21st century aside the Europa-América publisher ones as they were on the 19th entury when almst all works by the author were bestsellers) but can find itself online at the Gutenberg Project.
Cover of a more recent edition o' The Daughter of the Archdeacon
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